sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

naquela estação


crateús
cratheús como na inscrição da estação de trem
cratiús como no meu coração:

batata em meu prato

o lagarto que eu não matava com a baladeira
karati, karatús, karatis
o índio de uma tribo que nunca vi
o peixe que nunca pesquei em águas que nunca nadei

o nome do lugar está em mim
como topônimo neste poema
o logradouro onde me cabe
a saudade onde me espalho
a luz de um sol em minha rua.


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- trecho inicial do meu próximo livro, © Trem da memória - um poema
Textos de apresentação:
Mailson Furtado
Valdi Ferreira Lima
mais do que prefácios, duas viagens no trem, um em cada janela.

Editora Radiadora
Coordenação editorial: Alan Mendonça
Designer gráfico da capa: Enzo Venancio
Impressão e acabamento: Expressão Gráfica

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