foto Henri Cartier-Bresson
(do livro “Poesia provisória”)
Agora
que chorei
todas as dores
deste e de
outros amores
que rimei
nosso caso com circo de horrores
e fiquei
olhando sobre o mar
um tempo que
se foi...
Agora
que alguns amigos
viajaram
e alguns
outros que ficaram,
saíram...
agora
quando me
deparo com o espelho no corredor
pergunto sem
esperar resposta
quando
continuo senão agora
agora
que
tenho
o saldo de
algumas horas
e
restam
algumas roupas
no armário
e novos mapas
traço no vão
da sala...
Quando senão
agora
agora
agora
que me resta o
descompasso desse tango solitário
estrada a
fora?
4 comentários:
Saudades da tua poesia, saudades dessas palavras afiadas e bem ditas. Ainda quero ter em mãos esse livro.
hábraços
meu caro Eugênio, a mesma saudade de suas palavras sensíveis...
Pretendo neste 2007 publicar um livro, por conta própria, claro. As editoras devolvem os originais mas a poesia resiste.
Vou juntar dois trabalhos num só, "Poesia provisória", que considero meus textos mais inquietos.
Agora, você também nos deve um livro.
Nirton, sou teimoso. Vou esperar pra não pagar; acaso não dê certo pago pra ver.
hábraços e boa filmagem
Quando, senão nessa hora?
Mas, e agora, seria quando?
Agora que ausente, em mim
abre-se o descompasso e nada vejo
A não ser esse horizonte sem fim.
***Saudosas estrelas***
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