segunda-feira, 27 de outubro de 2008

pronominal

foto Marin

É preciso
que nossos dedos se enlacem
sem necessariamente
que nós em nós se passem.

É preciso
que num eclipse eu desapareça
sem que lhe abandone
e quando a lua passar você me esqueça.

É preciso
que eu tenha seu prenome
sem que lhe substitua
quando assinar embaixo o seu sobrenome.

Por certo:
ninguém ama por decreto.

(do livro "Poesia provisória")

4 comentários:

LIVRE disse...

Dessa vez quem fala UAU, sou eu !! amei a foto, e o poema....e por certo, de certo, ninguem ama por decreto.

Luzzsh disse...

Por certo que sim, querido amigo...

E se houvesse meio de assim ser, quereríamos amor, da mesma forma que agora?...

;)

Beijos.

Anônimo disse...

É, amor não se pode exigir. A gente sente e torce pro outro também sentir.

Rayanne disse...

Não ama por decreto,
nem seria correto,
mas para o amor explicar,
nem todo o alfabeto.

(hihi)

**Estrelas, moço das palavras bonitas!!**