foto David Martins
O que se vê em mim
não é o todo:
escondo gestos.
O que se sabe de mim
(ainda) não é tudo:
escondo datas
Metade que nem eu mesmo sei
mais corrói do que vive e cresce:
e silenciosamente é uma doença
(e não me esquece).
Convivo como caça e caçador
dentro de mim:
uma hora me acho
a outra não me aceita
e sou metade do rosto desenhada
a outra metade desfeita.
(do livro “Poesia provisória”)
não é o todo:
escondo gestos.
O que se sabe de mim
(ainda) não é tudo:
escondo datas
Metade que nem eu mesmo sei
mais corrói do que vive e cresce:
e silenciosamente é uma doença
(e não me esquece).
Convivo como caça e caçador
dentro de mim:
uma hora me acho
a outra não me aceita
e sou metade do rosto desenhada
a outra metade desfeita.
(do livro “Poesia provisória”)
6 comentários:
É a melhor poesia que eu li esta semana. Que qualidade.
Parabéns!
Pegou-me de jeito.
Decifrou parte de mim.
Abraços.
Criador e Criatura.....bjs
Nirton,
houve aqui uma boa troca.
encontrou uma fã.
adorei seus poemas.
abraço.
Adriano, Karla, Mariana, o poema sempre se completa com a leitura. Fico feliz com vocês na minha poesia!
Metades não-simétricas... É sempre interessante...
=)
Muito bom conhecer! (Não estou seguro se já estive por aqui antes... Mas, pra mim, neste momento, é como se eu estivesse conhecendo este espaço agora!)
Muito bom conhecer!
1[]!
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