A distância nos dá medo
quando as coisas estão paradas.
É por você estar longe
e não ter previsão alguma do tempo
que o presente continua sobre a mesa.
O mundo parece inútil
nesse pedaço em que não posso tocá-la.
Deve ser impressão desfocada dos olhos
ou sua ausência é uma eternidade em mim e na sala.
Há um telefone, uma porta e meus passos contidos.
Para cada lado o espaço para se medir.
O coração achará em algum canto as chaves e os motivos
para lhe encontrar na volta em vez de partir.
O medo nos distancia
das coisas em movimento.
(do livro “Poesia provisória”)
quando as coisas estão paradas.
É por você estar longe
e não ter previsão alguma do tempo
que o presente continua sobre a mesa.
O mundo parece inútil
nesse pedaço em que não posso tocá-la.
Deve ser impressão desfocada dos olhos
ou sua ausência é uma eternidade em mim e na sala.
Há um telefone, uma porta e meus passos contidos.
Para cada lado o espaço para se medir.
O coração achará em algum canto as chaves e os motivos
para lhe encontrar na volta em vez de partir.
O medo nos distancia
das coisas em movimento.
(do livro “Poesia provisória”)
16 comentários:
a ausência é mesmo uma eternidade na gente... belíssimo!
bjos
entre a ausência e a eternidade a poesia pra traduzir esse caminho.
Obrigado pelo carinho da leitura, Cosmunicando.
"O medo nos distancia
das coisas em movimento."
o medo nos distancia de tudo, ném nirton?
mas mesmo assim a sua poesia só aproxima.
p.s. linkei esse poema dentro do meu último, tá? :)
beijos
Adrianna,
é a poesia que vai expressando e traduzindo inquietações. E fazendo amigos, como você.
Obrigado pelos nossos poemas juntos.
Beijos.
que coisa maravilhosa, Nirton! É um poema triste e belo ao mesmo tempo!
Beijocas.
P.S.: respondendo a sua pergunta na outra postagem, não sou a Séfora de Fortaleza... é a outra... rsrsrsr
todas as Séforas são bem-vindas!
Os poemas aqui parecem feitos sob medida pro meu momento de ausência.. ditância... falta...Obrigada!!!
'O medo nos distancia
das coisas em movimento."
Gostei imensamente deste poema.Vc como sempre toca no coração da gente.
Tem um texto lá no "ventos" sobre a mulher....
Bjs
O coração sempre encontra os motivos que perdidos no tempo e na distância ficam,encontram as chaves de casa e o presente certeiro.
Sandra, quanto tempo! Sua ausência foi sentida, e que bom que o poema lhe encontrou...
Dioneide, imensamente feliz é como me sinto quanto toco o coração de alguém...
Livre, o coração sempre encontra motivos...
Nirton, poemaço, cara! Parabéns!
Obrigado, Silvio.
Obrigada pela visita lá e as belas palavras sobre a mulher.
Abçs
Tem textos novos por lá.
Bom fds.
Bj
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