quarta-feira, 9 de outubro de 2024

o sopro da poesia


Foto: Altair Marinho

Nirton,
Você como alto poeta que é, sabe como ninguém que realmente a poesia é provisória.
A poesia sopra, acha o tom, revela a voz e vai embora. É uma hóspede do poema e a febre do poeta.
Li Poesia provisória (Editora Radiadora, 2019) com os olhos acesos, captando o rastro da poesia que lhe assalta o sentir. Seu livro está prenhe de sentimentos. Comoveu-me.
Você disse em Viés:
O poeta percebe
de forma estranha.
Por isso percebe.
Mais do que a percepção é a revelação do existir. Sua poesia é de vida vivida e de tempo temporão.
É do seu estro Turnos:
Os poetas
dormem tarde.
A poesia
é que acorda cedo.
Mui belo isso!
O poema Quimera, isso, sim, é boa imagem:
---------------O-lençol-no-varal---------------
é sempre
um poema
ao
vento...
Minha admiração,
Diego
.
Fortuna crítica e afetiva de um dos maiores poetas da literatura brasileira contemporânea, Diego Mendes Sousa.
Com a primeira edição esgotada, a Editora está providenciando uma nova tiragem.
Coordenação editorial, Alan Mendonça; prefácio, Carlos Emílio Correia Lima; desenho da capa, Fausto Nilo.

Nenhum comentário: