O que se vê em mim
não é o todo:
escondo gestos.
O que se sabe de mim
(ainda) não é tudo:
escondo datas
Metade que nem eu mesmo sei
mais corrói do que vive e cresce:
e silenciosamente é uma doença
(e não me esquece).
Convivo como caça e caçador
dentro de mim:
uma hora me acho
a outra não me aceita
e sou metade do rosto desenhada
a outra metade desfeita.
(do livro "Poesia provisória")
8 comentários:
Nirton,
Lindas fotos e poemas mágicos!!
Wilson
Seu blog é lindíssimo. Seus poemas e as fotos que você escolheu são extraordinários. Parabéns. Com carinho. Cris.
Adoro esse seu poema..muito lindo!!
Aqui continua meu canto preferido da casanet..rs
Bjuu
Convivo como caça e caçador
dentro de mim:
uma hora me acho
a outra não me aceita
e sou metade do rosto desenhada
a outra metade desfeita
O que vejo em ti, pode não ser o todo, mas é mais que o necessário: a tua poesia em 2008. Eu quero.
Feliz ano novo! :)
Beijos, querido poeta.
Lembrei da música "Metade" do Oswaldo Montenegro.
Um ótimo ano pra vc! :)
Di, quando o Oswaldo Montenegro fez "Metade", também me lembrei do meu poema, que foi escrito 11 anos antes...
Luzz, fiquemos a poesia... beijos!
Belo poema! aliás, belos poemas.
virei mais vezes aqui. um abraço.
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