É preciso
que nossos dedos se enlacem
sem necessariamente
que nós em nós se passem.
É preciso
que num eclipse eu desapareça
sem que lhe abandone
e quando a lua passar você me esqueça.
É preciso
que eu tenha seu prenome
sem que lhe substitua
quando assinar embaixo o seu sobrenome.
Por certo:
ninguém ama por decreto.
(do livro "Poesia provisória")