segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

poesia escolhida

O poeta goiano-brasiliense Salomão Sousa é um dos maiores conhecedores de literatura. Autor de mais de dez livros, participação em antologias, premiado em diversos concursos nacionais, membro da Associação Nacional de Escritores, ter um livro lido por ele é sempre uma honra.
Imensa gratidão, caro poeta, por destacar meu livro, Poesia provisória, em sua privilegiada lista do ano.
Sua escolha é um prêmio!

domingo, 29 de dezembro de 2019

três dezembros

publicado no jornal Correio Braziliense, 29/12/2016

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

a luz dos olhos teus



Santa Luzia iluminava
                              a minha infância que dormia.
Nas manhãs quentes do interior:
      o facho de luz vindo da telha quebrada
                     (o menino na rede,
                      a parede azulada                   
                      a cenografia do quarto
                      :
                      o enquadramento que me guardava
                                                            no passado
                                                que vi do futuro).



A jovem siciliana que minha tia-avó trouxe da feira
protegia meus olhos que acordavam

focava sua luz neorrealista
                     no quintal em mim
para o dia que começava
                     no sertão sem fim.

Cada manhã abençoada
        com a oferenda do par de olhos na bandeja.

Casa desfeita
        parentes idos
                           santa nas retinas.

Na parede da memória,
essa lembrança é o quadro que brilha mais
                                              no meu cinema paradiso.


- Trecho de ©Trem da memória, meu próximo livro, com lançamento previsto para fevereiro de 2020, com prefácios de Valdi Ferreira Lima e Mailson Furtado. Mais do que prefácios, duas viagens no trem, num lado e outro das janelas.
Hoje, 13 de dezembro, dia de Santa Luzia. Em seu louvor, a devoção na poesia.

domingo, 8 de dezembro de 2019

parceiros musicais

Lançamento de Poesia provisória, dia 5/11, no CCBNB, dentro da programação das comemorações de Massafeira Livre - 40 anos.
Na foto, Alan Mendonça, poeta e editor, os cantores e compositores Charles Wellington, Eugênio Leandro, Alan Morais, Jose Rodrigues, Rogério Soares e Evaristo Filho.
Charles, Alan Morais e Jose Rodrigues musicaram, respectivamente, Exílio e Domicílio, Lunar, Fase única, Navegante e Troca, Metade e Atemporal.
Gildomar Marinho musicou Dimensional, Bernardo Neto, Grito.
Eugênio, Rogério e Evaristo serão os próximos parceiros.
Na melodia, o poema ganha outra dimensão. A melodia possivelmente esteja lá, na narrativa de cada verso, no fôlego de cada palavra, na rima de uma emoção na estrutura do poema. O poeta não se dá conta. A escrita é uma canção embutida. Vem o músico e encontra as notas, porque só a ele cabe o sol que ilumina dó-ré-mi-fá-lá-si. .

sábado, 7 de dezembro de 2019

Escrita Droide

ESCRITA DROIDE é uma página literária organizada pelo poeta Alberto Bresciani, de Brasília, e Mariza Lourenço, de Campinas, SP.

A literatura por todos os meios inteligentes.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Poesia provisória na Massafeira

Da capa criada pelo arquiteto, desenhista e compositor Fausto Nilo, passando pela epígrafe de Luigi Pirandello, mergulhando no prefácio sinestésico do escritor Carlos Emílio Corrêa Lima, o livro Poesia provisória reúne uma produção de mais de vinte anos de versos guardados e reescritos, dividindo as páginas em quatro partes com temas sobre o ser-poeta, Explorar as tardes, o existencial, Reconstruir as nuvens, o verbo amar, Coração sitiado e o fazer-poesia, Página em branco, capítulo final que simetricamente liga-se ao primeiro, numa proposta conceitual de que a poesia é urgente, mas o poema não tem pressa.
Editora Radiadora, 2019
Participação dos parceiros que musicaram poemas:
- Alan Morais
canções Lunar, Fase única, Navegante, Troca

- Bernardo Neto
canção Grito

- Charles Wellington
canções Domicílio, Exílio

- Jose Rodrigues
canções Metade, Atemporal

- Parahyba de Medeiros
canção Crase

Mediação: Alan Mendonça
Centro Cultural Banco do Nordeste do Brasil - CCBNB
dia 5/11, 19h

Produção: Marta Pinheiro

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

lírica

“Língua tão lírica, tão exatamente rica, que não dá vontade de sequer se tentar explicar essa tão conseguida beleza, mas de simplesmente desenhá-la do mesmo modo em que ela foi escrita...”
- Carlos Emílio Corrêa Lima, escritor, trecho do prefácio de Poesia provisória

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

cofre

Quando quiseres
venhas
e gires com as pontas dos dedos
o meu coração.

Encontrarás
teus segredos nos meus olhos abertos.

Guardo no peito
o íntimo
de quem se achega.

Do livro Poesia provisória

Lançamento dia 29 

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

bagagem

Dentro de mim
cabe uma cidade
outra cidade

e mais uma cidade...

dentro de mim
cabe o universo
e mais o vilarejo onde nasci.

IV Festa Literária da Associação Cearense de Escritores - FLIACE
Galeria BenficArte – Shopping Benfica
Fortaleza - Ceará

domingo, 24 de novembro de 2019

uma saudade acentuada

O piauiense-cearense Paulo Véras, foi um dos maiores poetas e contistas da literatura brasileira.
Seu primeiro trabalho publicado foi em Queda de braço – Uma antologia do conto marginal, organizada por Nilto Maciel e Glauco Mattoso, em 1977.
No ano seguinte obteve o 1° lugar no Concurso Nacional Pena Aymoré, de Belo Horizonte, com o livro O centro da pedra, poesia.
Em 1979 lança O Cabeça-de-cuia, pela Editora Moderna, onde os contos são quase todos tecidos a partir do fio da memória no sertão da Parnaíba.
Em parceria com a poeta carioca Leila Míccolis escreve em 1981 Maus antecedentes, pela Editora Pirata, uma sintomática narrativa de poemas em estilo irônico.
Poemágico é sua participação póstuma na Antologia de poetas piauienses, 1985, organizada por Assis Brasil, da Academia Piauiense de Letras.
Paulo Véras, assim como o sobrenome acentuado, era um intelectual destacado em postura, enfático em suas opiniões, tanto quanto sua doçura como pessoa nos seus quase 1,80 de altura.
Foi um dos criadores, junto comigo e mais 22 dois poetas, contistas e romancistas cearenses, do Grupo Siriará de Literatura, em 1978, além de parceiro de trabalho no Centro de Referência Cultural (CERES), da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará.
Formado em Letras pela UFC, Véras escreveu para diversos órgãos alternativos em São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, e em Fortaleza participou da revista O Saco.
No dia em que comemorava seu aniversário de 30 anos, sentiu-se mal e faleceu. Tinha cardiopatia congênita. Alterações do coração e dos grandes vasos, presentes ao nascimento. O coração cresce, cresce... Tantos afluentes de poesia em seu coração, Paulo.
Há dias em que uma saudade é acentuada, por serem eternos em nosso coração os seres que amamos.
Para ele dediquei um poema, publicado em meu livro Poesia provisória, 2019.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

leitura afetiva

Carol Capasso, poeta querida das canções de mar, minha gratidão oceânica por sua leitura afetiva, suas palavras tão líricas ao falar do meu coração na poesia.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

profissão de fé

"Abro a esmo o belíssimo 'Poesia Provisória', de Nirton Venancio, e lá está em poucas palavras sua profissão de fé. Poetas, compositores, artistas são nossa melhor conexão com o viver! Viva Nirton!"
-  Paulo Sidou

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

bússola

Poesia Provisoria, de Nirton Venancio
Pura delicadeza! Sucesso sempre!"

- Deise Jefinny, fotógrafa

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

dois poemas e uma canção

Poemas do meu livro Poesia provisória, inseridos no capítulo Coração sitiado, musicados por Alan Morais.
Como os poemas de cada parte das quatro (ser-poeta, existencial, verbo amar, ser-poesia) seguem uma mesma narrativa temática, e os capítulos o fôlego único de dúvidas, dores, perplexidade e encanto, Alan uniu duas letras de lembrança e erotismo lírico em uma só melodia.
O experimento com os afluentes de poemas Alan fez anteriormente com Lunar e Fase única, uma das faixas do seu EP que será lançado no final de novembro em Fortaleza.
DJ mago nas pick-ups, com a destreza de tocar os dois vinis, o compositor “mixou” analógica e afetivamente dois poemas em uma canção.
Editado de forma independente, através da Editora Radiadora, 2019, o livro encontra-se à venda na Livraria Lamarca e Embaixada da Cachaça, em Fortaleza, Livraria Pensar, em Sobral-CE, ou diretamente com o autor, in box nesta página.

domingo, 20 de outubro de 2019

palavras de um leitor

"A melhor surpresa deste ano é ‘Poesia provisória’, de Nirton Venancio. Eu não encontrei neste ano, de todos os livros de poesia que já li, um que chegasse perto da preciosidade desse ‘Poesia provisória’. Não tem um poema menor! É de uma felicidade impressionante. E também de uma consciência... a gente percebe que o poeta não está tateando, não, ele sabe, conhece o seu ofício e foi lá e escreveu. Esse é um dos livros que eu tenho absoluta certeza - eu sei como é a dificuldade, se publica... ele foi muito falado, mas não foi falado o suficiente – que ficará na literatura cearense, daqui a 50, 60, 70 anos... na literatura brasileira, esse livro terá que ser referência obrigatória, não tem jeito. É de uma coisa impressionante esse livro.
Depois desse livro, o que pode chegar próximo seria 'Romeu e Julieta no Brasil', de Rossini Corrêa, que foi uma surpresa, e o último do Wilson Pereira, 'Vento, Cavalo do Tempo', que também é bom, mas não como o do Nirton. O do Nirton, simplesmente, é algo que fica à parte em termos de poesia com P maiúsculo."
- José Anchieta Oliveira
Caro amigo, nestes tempos distópicos, com essa nuvem sombria do retrocesso sobre nossas cabeças, quando a arte sofre os mais terríveis ataques, é gratificante receber elogios que nos estimulam, incentivam e nos colocam resistentes. Esses canalhas que estão no poder, detestam poesia, tudo que liberte, tudo que faz a alma sorrir. Continuemos incomodando.
Hoje é o dia do poeta. Grato pelo presente.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

entrevista

“Nesta terça-feira (08/10), às 20h, eu converso no Programa autores e Ideias, da Rádio FM Assembleia, com o escritor e cineasta Nirton Venancio , autor do lançamento: Poesia provisória publicado pela editora Radiadora.
O livro de poemas conta com prefácio de Carlos Emílio Correia Lima e ilustração de Fausto Nilo.

Ficou curioso? Então, sintonize FM 96,7
Na internet, acesse.
Perdeu o programa? Escute aqui.
Confira também a nossa reprise na sexta-feira, dia 11, às 23h."
Lilian Martins, jornalista

terça-feira, 1 de outubro de 2019

acalanto

"Quero muito agradecer ao queridíssimo Nirton Venancio por esse maravilhoso presente! Uma poesia leve, cálida e acalentadora. Um sopro de vida no cotidiano. Vejo você em cada palavra, Nirton. Seu livro é um registro bom da vida...🤗
Vale muito a pena ler!!! Eu super indico!!!"

- Manuela Andrade

sábado, 28 de setembro de 2019

armadura (trecho)

Meu corpo é a única coisa que tenho
para carregar o pretexto da alma.
É magro, feio e escandaloso
o corpo
mas é única coisa que tenho
para caminhar pelo tempo e pelos sertões.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

metade



Meu corpo é a única coisa que tenho
                                                            que é nada               
                                          e como suicida
         luto contra moinhos, tempestades e solidão
                                                                  que é tudo.

Escondo-me nesta armadura de ossos, carne
                                                       e vestimentas
               e espio a vastidão do mundo pelos buracos dos olhos
                                              como quem espia lugares estranhos
                                                                                                infinitos
                                                                                            perigosos.

Meu corpo é a única coisa que tenho
para carregar o pretexto da alma.
É magro, feio e escandaloso
                                    o corpo
mas é única coisa que tenho
para caminhar pelo tempo e pelos sertões.

Garantia não tenho
se o meu corpo é forte e frágil ao mesmo instante
se me sujeito ao abismo
                        ao chão
                        à poeira
se estou marcado para me tornar saudade
                                                              lembrança
                                                         e fotografias
e minha história não terá mais
um cavalo para montar
e serei uma estátua invisível no espaço.
                
Garantia não tenho de nada
                                          nada
não levarei escondido no bolso
nenhuma semente
nenhum suspiro
nenhum gesto
pois tudo é podre
                    condenável
                    consumível.
Só é garantido o mais difícil:
                           a miragem na imensidão
                           o que se supõe ao longe
                           o completo mistério
para se chegar até lá
não se sabe com que corpo
não se sabe com que asas
não se sabe.


sexta-feira, 13 de setembro de 2019

arqueologia dos afetos

Numa tarde de um dia qualquer, mas especial, do comecinho dos anos 80, em Fortaleza, o meu amigo compositor Ricardo Augusto entra na sala de audiovisual da Centro de Referência Cultural, da Secretaria de Cultura, onde eu trabalhava, com um violão e o cantor Lucio Ricardo. O órgão estadual ficava nos andares da Biblioteca Pública Menezes Pimentel, hoje integrada arquitetonicamente ao Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

De um janelão, eu via os históricos galpões da antiga área portuária, o centenário prédio da Alfândega (hoje Caixa Cultural)... Meus olhos de planador sobrevoavam os telhados, chegavam à praia de Iracema e se perdiam no mar... Assim, os primeiros versos do meu poema Ventania foram paridos nessa brisa vespertina.

Passei meses com os rascunhos no bolso, sempre mexendo quando alguma palavra precisava ser tirada, alguma pontuação precisava melhorar o ritmo da leitura. Convivendo com o poema antes de escrevê-lo, como ensinava Drummond. Finalizado, foi publicado no meu primeiro livro, Roteiro dos pássaros. E nele Ricardo Augusto leu, e musicou, num dos mais belos e gratificantes encontros de verso e melodia. Cantou para mim com sua voz de Beto Guedes em Albey Road e me desmanchei em alegria. Não sou letrista, e o poema se fez canção.

Pois naquela tarde Ricardo adentra a sala com Lucio Ricardo para gravar a composição. Ele, o bandleader de voz única da lendária banda de blues e rock Perfume Azul, que eu “perseguia” na adolescência nos shows na década de 70. E de forma empolgante e artesanal, gravamos num dinossáurico AKAI, em fita de rolo BASF, ¼ de polegada, um canal, Lucio cantando Ventania e Ricardo ao violão.

Em 2013, a cantora Mona Gadelha grava a música em seu disco Cidade blues rock nas ruas, num arranjo coletivo belíssimo de estúdio, com a produção de Alexandre Fontanetti. Ela, a minha musa do blues e da cor dos meus sonhos, que eu “perseguia” nos shows do IBEU e da arena da CREDIMUS.

Como se não bastasse a versão blues-standard-banquinho-e-violão de Lúcio Ricardo, Mona me presenteia com sua interpretação visceralmente mergulhada na letra e melodia, sua voz desenhando meu canto feminino sobre o mar.

O poema é uma tentativa de reflexão existencial, tão comum, e necessária, na inquietação e perplexidade que inspiram os poetas em seus primeiros rabiscos. Ricardo Augusto vestiu com melodia uma letra sem rima, que se destinava ali mesmo na limitação de um poema num livro. Lucio Ricardo e Mona Gadelha despiram a alma do poema com suas interpretações únicas.

E assim se marcam os encontros que o universo trama, cristalizam os afetos que “estendem os braços / como se fossem mágicos”, como digo em um verso.

No ano de lançamento do disco de Mona Gadelha, o cineasta Valdo Siqueira concebeu e dirigiu o clipe de Ventania (já postado aqui, https://youtu.be/dl0AzBBaxIk). E mais uma vez, como se não bastassem Ricardo, Lúcio e Mona, o cinema, que é igualmente minha praia lírica, dá mais um corpo a um poema-que-se-tornou-música-imagem. Valdo, como um Dziga Vertov na praia de Sabiaguaba, expressa com sua câmera a sinestesia dos versos que “atravessam o mar / como se fossem pássaros”.

O músico Kildare Rios posta nesta manhã de sexta-feira, em seu canal no Youtube, o clipe da gravação do neolítico áudio de Lúcio Ricardo, criando e mixando afetuosamente em estúdio os arranjos, colando digitalmente imagens que ele vê na letra. E assim, mais uma vez, como se não bastassem Ricardo, Lúcio, Mona e Valdo, Kildare dá um corpo carinhosamente singelo de um poema que nunca pensou em ser canção.

A ventania ficou calmaria nos corações entrelaçados.

Gratidão a vocês.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

malogro

"Somente hoje recebi seu livro, Nirton Venancio. Que coisa danada de linda! Obrigada!"
- Érica Florêncio
livro Poesia provisória
Editora Radiadora, 2019

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

poesia na madrugada

"Devorei 'Poesia provisória' madrugada a dentro... certamente ao amanhecer estarei pleno de poesias permanentes em meu coração. Gratidão, querido amigo, pelo livro e por excesso de levezas insustentáveis em palavras eternas."🙏🏻

- Rogério Soares, cantor, compositor

domingo, 25 de agosto de 2019

lirismo

XII Bienal do Livro do Ceará
16 a 25 de agosto

"Meu irmão, acabei de ler tua 'Provisória poesia', permanente!
Feliz demais de conhecer teus versos, e poder ser marcado pelo teu lirismo seco.
Gratidão, Nirton"

- Mailson Furtado, poeta, Prêmio Jabuti 2018

admiração e afeto recíprocos

XIII Bienal do Livro do Ceará
16 a 25 de agosto

"Não tenho dúvida (e não é de hoje) que esse é um dos maiores poetas brasileiros vivos. Nirton Venancio, sua poesia não é provisória."
- Aila Sampaio, poeta, contista, cronista, professora de Português e Literatura da Unifor

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

lírica

“Língua tão lírica, tão exatamente rica, que não dá vontade de sequer se tentar explicar essa tão conseguida beleza, mas de simplesmente desenhá-la do mesmo modo em que ela foi escrita...”
- Carlos Emílio C. Lima, escritor, trecho do prefácio de Poesia provisória, Nirton Venancio
Editora Radiadora, 2019

À venda no estande QuadraBienal - Editoras Independentes e Autopublicação, da Livraria Lamarca
XIII Bienal do Livro do Ceará
16 a 25 de agosto

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

poesia na Bienal

XIII Bienal do Livro do Ceará
16 a 25 de agosto

Poesia provisória, Nirton Venancio 
Editora Radiadora, 2019

Após o lançamento no Espaço Natercia Campos, o livro encontra-se no estande QuadraBienal - Espaço para Editoras Independentes e Autopublicação, da Livraria Lamarca

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

lançamento na Bienal


crase


Ameaçam-me 
atear fogo
às vestes e às paixões

se não calo o canto
se não sigo as setas
se não cesso os beijos

isso quando mais ardem
fora e dentro de mim
as vestes e as paixões.

Jogo meu corpo 
em praça pública,
jogo minha alma
em graça pública.

Por isso,
dobro o canto,
e bêbado de beijos,
não me dobro às setas.

reconstruir as nuvens

"Caro Nirton,
Tenho em mão o seu "Poesia provisória', um verdadeiro Rubaiyat de lirismo encantador.
Nele encontrei preciosas imagens de profundo significado sentimental: Esse trabalho de 'resgatar o luar'. 'O pássaro solto no coração'. Essas imaginações de 'ponte entre a saudade e a esperança', esse 'amor que insiste num porto de mar' para a navegação do sentimento. 'As tardes que se diluem em mormaço e solidão'. O momento de flutuação serena que 'conduz ao sempre'. O dom de 'escrever poemas para atravessar os dias', 'reconstruindo as nuvens' da ausência e 'o gosto eterno de cada instante'.
Que agradável ocasião de reviver as expressões mais belas da sua alma de grande artista da palavra!"
- Marcio Catunda, poeta
Meu caro Marcio, seu precioso comentário com a menção ao 'Rubaiyat' de Omar Khayyam, é muito gratificante🙏

sábado, 10 de agosto de 2019

bússola

O que pressinto
me guia.
O que aparece
desconfio.

O que desejo
me norteia.
O que sugere
me previno.

O que choro
me revela.
O que sorrir
me resguardo.

O que escrevo
me entrega.
O que apago
me devolve.