O piauiense-cearense Paulo Véras, foi um dos maiores poetas e contistas da literatura brasileira.
Seu primeiro trabalho publicado foi em Queda de braço – Uma antologia do conto marginal, organizada por Nilto Maciel e Glauco Mattoso, em 1977.
No ano seguinte obteve o 1° lugar no Concurso Nacional Pena Aymoré, de Belo Horizonte, com o livro O centro da pedra, poesia.
Em 1979 lança O Cabeça-de-cuia, pela Editora Moderna, onde os contos são quase todos tecidos a partir do fio da memória no sertão da Parnaíba.
Em parceria com a poeta carioca Leila Míccolis escreve em 1981 Maus antecedentes, pela Editora Pirata, uma sintomática narrativa de poemas em estilo irônico.
Poemágico é sua participação póstuma na Antologia de poetas piauienses, 1985, organizada por Assis Brasil, da Academia Piauiense de Letras.
Paulo Véras, assim como o sobrenome acentuado, era um intelectual destacado em postura, enfático em suas opiniões, tanto quanto sua doçura como pessoa nos seus quase 1,80 de altura.
Foi um dos criadores, junto comigo e mais 22 dois poetas, contistas e romancistas cearenses, do Grupo Siriará de Literatura, em 1978, além de parceiro de trabalho no Centro de Referência Cultural (CERES), da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará.
Formado em Letras pela UFC, Véras escreveu para diversos órgãos alternativos em São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, e em Fortaleza participou da revista O Saco.
No dia em que comemorava seu aniversário de 30 anos, sentiu-se mal e faleceu. Tinha cardiopatia congênita. Alterações do coração e dos grandes vasos, presentes ao nascimento. O coração cresce, cresce... Tantos afluentes de poesia em seu coração, Paulo.
Há dias em que uma saudade é acentuada, por serem eternos em nosso coração os seres que amamos.
Para ele dediquei um poema, publicado em meu livro Poesia provisória, 2019.
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