O lençol no varal é sempre um poema ao vento.
(Os poemas aqui publicados estão registrados na Biblioteca Nacional. Podem ser reproduzidos desde que mencionados a fonte e o autor)
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
feliz aniversário, Cris
meu coração bate feliz
e eu sei porque
minha aniversariante de toda a vida!
olhando juntos na mesma direção
terça-feira, 13 de setembro de 2011
acordo
Ei, vida, pisa devagar!
Vamos fazer um trato:
Faz de conta
que foi sem querer
esse seu lado perverso
e eu disfarço
minha dor em versos.
(do livro "Poesia provisória")
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
solar
Fernando Pessoa diz que uma tristeza é como um lago morto dentro de nós, e uma alegria, um dia de sol no nosso espírito. Em versos lá frente o poeta português diz sem fingimentos que "na ausência da amada o sol não brilha."
Esses poetas têm a mania de ficar nos auscultando.
Esses poetas têm a mania de ficar nos auscultando.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
medindo nós dois
Ele tem dois cds, "O último dia de um homem sem juízo" (2008) e agora lançou "Que isso fique entre nós", um dos melhores discos que já ouvi este ano.
O paulista Robson Pélico tem tocado direto no meu mp3. Pelo menos há uma semana, me inquieto e me conforto com suas letras extremamente poéticas, sua musicalidade longe da mesmice "pop", quando busco "qualquer sentido vago de razão... nestas noites quentes de verão".
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
navegante
foto Sherper Dan
Eu que sempre navego
ao sul do teu corpo
é no sal de tua pele
que conservo meus segredos
e espalho os meus beijos.
(do livro "Poesia provisória")
terça-feira, 26 de julho de 2011
metade
foto Paul Russel
O que se vê em mim
não é o todo:
escondo gestos.
O que se sabe de mim
(ainda) não é tudo:
escondo datas
Metade que nem eu mesmo sei
mais corrói do que vive e cresce:
e silenciosamente é uma doença
(e não me esquece).
Convivo como caça e caçador
dentro de mim:
uma hora me acho
a outra não me aceita
e sou metade do rosto desenhada
a outra metade desfeita
não é o todo:
escondo gestos.
O que se sabe de mim
(ainda) não é tudo:
escondo datas
Metade que nem eu mesmo sei
mais corrói do que vive e cresce:
e silenciosamente é uma doença
(e não me esquece).
Convivo como caça e caçador
dentro de mim:
uma hora me acho
a outra não me aceita
e sou metade do rosto desenhada
a outra metade desfeita
(do livro "Poesia provisória")
sábado, 9 de julho de 2011
quinta-feira, 7 de julho de 2011
tempos afora
Outro dia me alegrei com uma citação que o cineasta Petrus Cariry fez ao meu filme, Um cotidiano perdido no tempo numa entrevista ao site SobreCinema.
Hoje, nesta manhã seca de quinta em Brasília, banho-me de mais contentamento ao ler a crônica do escritor Nilto Maciel em seu blog Literatura Sem Fronteiras, sobre nossos encontros e desencontros tempos afora.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
outra disgestão
Há dias em que nosso estômago não é apenas um tubo, um depositário onde os alimentos são pré-digeridos e esterilizados, a fim de seguirem para o intestino, onde são absorvidos. Há dias em que ele é também pântano, onde digerimos os sapos que precisamos engolir, os dissabores que precisarão ser absoLvidos com o esquecimento, um pouco mais acima, pelo coração.
domingo, 12 de junho de 2011
terça-feira, 24 de maio de 2011
quarta-feira, 4 de maio de 2011
dúvida
O homem é um bicho-homem
que não sabe se é um rato,
fosse o homem mesmo um rato
talvez não tivesse esse nome
posto que pode ser lobisomem
o homem não sabe o que é de fato.
Homem e rato – ambos têm fome
e comem tudo que está no mato,
quando comem, comem e somem
deixando sem fundo o chão e o prato;
mesmo não sendo um rato
o homem corre com medo da fome
como o rato corre do gato
que come o rato com medo da fome.
O homem (quem sabe...) é um passarinho
sem asas, sem bico e sem verão
que vive a vida atrás do ninho
angustiado no que chama solidão,
corre o mundo, sem parente, sem vizinho
montado no seu corpo feito alazão
carente de abraço, pão e vinho
perdido no céu, no mar e no sertão
sem saber se no incerto caminho
voa como pássaro ou avião.
(do livro “Roteiro dos pássaros – remixado”)
que não sabe se é um rato,
fosse o homem mesmo um rato
talvez não tivesse esse nome
posto que pode ser lobisomem
o homem não sabe o que é de fato.
Homem e rato – ambos têm fome
e comem tudo que está no mato,
quando comem, comem e somem
deixando sem fundo o chão e o prato;
mesmo não sendo um rato
o homem corre com medo da fome
como o rato corre do gato
que come o rato com medo da fome.
O homem (quem sabe...) é um passarinho
sem asas, sem bico e sem verão
que vive a vida atrás do ninho
angustiado no que chama solidão,
corre o mundo, sem parente, sem vizinho
montado no seu corpo feito alazão
carente de abraço, pão e vinho
perdido no céu, no mar e no sertão
sem saber se no incerto caminho
voa como pássaro ou avião.
(do livro “Roteiro dos pássaros – remixado”)
quarta-feira, 13 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
o deserto de cada dia
Metrô lotado. Braços e corações pendurados no balanço subterrâneo. Todos ilhados em seus ipods. O vagão é um deserto pulsante.
terça-feira, 8 de março de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
prenúncio
foto Pamonkn
Faço
suas feições
no meu coração
seus contornos
na minha pele
seu endereço
no meu peito.
Nunca me devolva
a mim se me ganha.
Eu já me entreguei
e você não levou.
Aguardo-lhe com minha memória.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
o carma dele é minha armadura
Há três semanas uma leitora deste blog, a poeta Neuzza Pinhero, de São Paulo, escreveu-me dizendo que tinha lido um poema em Natal, Rio Grande do Norte, intitulado "Carma", de autoria de Plinio Sanderson, conhecido no meio literário da capital potiguar. E ao ler o poema mais de uma vez, Neuzza viu que é o mesmo poema "Armadura", de minha autoria, escrito em 1979, publicado pela primeira vez em outubro de 1981, no jornal literário "O Catolé", de Fortaleza, Ceará, e republicado várias vezes em jornais, tablóides e revistas literárias cearenses e nacionais.
O tal poeta de Natal deve ter lido numa dessas publicações. Nos analógicos anos 80 não havia internet, o meio dos poetas divulgarem seus trabalhos eram os jornais literários e, quando podiam, os livros. Não haveria outra forma dele ter conhecido o meu poema, muito menos ter acesso aos manuscritos originais, guardados numa pasta, a sete chaves numa gaveta de um velho guarda-roupa, em Fortaleza, com todo zelo que um artista deve ter com sua cria.
O dito cujo poeta potiguar gostou muito do poema, e de maneira incorreta de apreciá-lo, passou a recitá-lo em eventos literários, dizendo ser dele, chegando a publicar no jornal Tribuna do Norte, da capital do seu estado.
Diante a surpresa e chateação fiz uma busca minuciosa na internet sobre o "Carma" dele que é minha "Armadura", e comprovei o que a poeta Neuzza me disse.
Ao conseguir um contato com Plinio Sanderson, através do site Facebook, suas argumentações não me convenceram: "nos anos 80 eu fazia parte da geração de poetas marginais e recitávamos poemas de vários poetas", "foi publicado pela tribuna do norte, jamais editei-o", "não lembro como me chegou o poema, faz muito tempo, não sabia do autor", "incorporei-o em recitais, nunca, jamais publiquei-o", "o jornal publicou não sei como, não fui eu que enviou". E contradizendo querendo me afagar: "a poesia é muito massa, desde já darei crédito".
O que achei na internet não foi nada disso, caro Plinio!
Nunca me importei que os meus poemas fossem publicados e lidos por quem gosta. A poesia é para ganhar o mundo, para ir de encontro às pessoas. Mas assumir a autoria de uma obra, mudar o título e divulgá-la como sua, quando nenhum pedaço de verso dele pode ser - eu aqui parafraseando Lupicínio Rodrigues, em busca de nervos de aço para engolir uma dessa! Não dá!
Tenho todas as provas da autoria do poema. Recortes de jornais, registro na Biblioteca Nacional e testemunho de pessoas.
Caso entregue a um advogado especialista em direitos autorais.
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