Eu nunca deixo pistas dos meus pecados.
Escondo meus delitos
e deixo a condenação para a volta.
Estou muito apressado.
Eu nunca deixo atalho
para me descobrirem:
prefiro o próximo encontro
com o que encontrar próximo aos meus olhos.
Eu nunca deixo traços dos meus planos.
Deixo o resultado de tantos enganos
como pudesse ser também seu
aquilo que foi somente meu.
Não passo procuração para sentimentos
enquanto viajo para lugar desconhecido.
Este poema pode me custar a vida.
Pode me custar os amigos.
E me gostarem os inimigos.
Mas não deixarei rascunho dos meus reversos.
(do livro “Poesia provisória”)
Escondo meus delitos
e deixo a condenação para a volta.
Estou muito apressado.
Eu nunca deixo atalho
para me descobrirem:
prefiro o próximo encontro
com o que encontrar próximo aos meus olhos.
Eu nunca deixo traços dos meus planos.
Deixo o resultado de tantos enganos
como pudesse ser também seu
aquilo que foi somente meu.
Não passo procuração para sentimentos
enquanto viajo para lugar desconhecido.
Este poema pode me custar a vida.
Pode me custar os amigos.
E me gostarem os inimigos.
Mas não deixarei rascunho dos meus reversos.
(do livro “Poesia provisória”)
6 comentários:
Enquanto te furtas
Em ausente consiência
E à história nega as pegadas
Um sopro gelado afasta
a anônima estadia.
**Estrelas**
Eu posso estar enganado, mas acho que esse poema você já tinha postado antes; em todo caso, reitero aquilo que disse que não disse:"Não passo procuração para sentimentos", primordial essa passagem!
hábraços
claudio
Rayane, eu me furto mas deixo pegadas nesse poema...
Claúdio, já postei esse poema, sim, e outros também. Mas poesia é sempre bom reler, relembrar, resguardar. Também, a minha "produção" está sempre em observação (falta uma vírgula aqui, um sentimento ali). E, no mais,é muito boa a sua visita reiterada.
Dio, pois é, quem "comete" esses delitos poéticos como eu tem se apressar mesmo...
Mas, quem quer as "pistas", os "rascunhos", os "esboços"? Eu quero o poema, aqui, passado a limpo, e sua mão sobre ele...adivinhada! E seu "pecado", cobiçado!
Beijos!
Dora
E eu? Nunca deixarei de ler você!
Beijinhos...
Dora, Nanna, com vocês no meu "encalço" nunca deixarei de cometer esses poemas...
Beijos
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