O que vale
é usar a pa
lavra
e ar riscá-la
o que vale é o risco
junto com a palavra:
a palavra
é mágica
o risco
é surpresa!
o que vale
é saber o que vai dar
o movimento das mãos
(seja o que for:
- casa
- poema
- coração)
se não se joga a
palavra
no ar
nada mais sobra do (teu) corpo
sobre a estrada
pois o que vale é o risco:
risques a estrada
a palavra
é a intenção
que se destinou para
(e não pára) o gesto.
(do livro “Poesia provisória”)
é usar a pa
lavra
e ar riscá-la
o que vale é o risco
junto com a palavra:
a palavra
é mágica
o risco
é surpresa!
o que vale
é saber o que vai dar
o movimento das mãos
(seja o que for:
- casa
- poema
- coração)
se não se joga a
palavra
no ar
nada mais sobra do (teu) corpo
sobre a estrada
pois o que vale é o risco:
risques a estrada
a palavra
é a intenção
que se destinou para
(e não pára) o gesto.
(do livro “Poesia provisória”)
2 comentários:
Sims, sem o risco não há palavras: nem poemas, nem contos,nem comédias, nem tragédias, muito menos romances! Perfeito!
hábraços
claudio
No princípio era o verbo, meu caro. A palavra cria e recria. O "fim" também se deve a ela. Abç.
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