quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Arco-íris

Não nos importa a porta fechada
se o nosso canto é bem mais forte
muito mais forte que o ferro das trancas
que não resiste à ferrugem do tempo
como resiste nossa canção
de boca em boca solta no vento.

Como arco-íris de todas as cores
primeiras marés da Era de Aquarius
luz de raio laser no ferro das facas
e nas lamparinas das noites de procissão
pra não dizerem que não cantamos
nossa canção de boca em boca solta no vento

Poema publicado em meu primeiro livro Roteiro dos Pássaros, 1980, musicado por Calé Alencar, que acrescentou versos finais na composição.
Para completar as cores desse arco-íris, o músico chileno Nelson Araya canta a parceria sob o céu da Patagônia. Nossa canção de boca em boca solta no vento, dos Inhamus à cordilheira dos Andes.
Calé, menestrel dos cantos alencarinos, pintará o arco-íris amanhã, sexta-feira, no sarau do lançamento do meu livro Poesia Provisória.
No dia do meu aniversário, o presente presença de tanta gente querida em meu coração.
Livraria Lamarca
Av. da Universidade, 2475, Fortaleza, CE

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