No início da década de 80 mantive correspondência com um dos meus ídolos da literatura: o escritor memorialista Pedro Nava. A partir da remessa do meu primeiro livro, Roteiro dos Pássaros, passamos a trocar cartas sistematicamente. Eu remetia publicações, revistas, páginas de jornais, tudo que revelasse uma nova safra de poetas e escritores cearenses. O grande Pedro Nava analisava os poemas com sinceridade, precisão e elegância.
Numa das cartas, Nava destaca e comenta dois poemas que eu acabara de publicar na página semanal de O Povo, organizada por Rogaciano Leite Filho, O Morto e Armadura.
Pelo ritmo de troca de correspondências, preparei-me para ir ao Rio de Janeiro visita-lo, conhecê-lo, abraça-lo, beijar-lhe a testa, levar todos os seus livros para autografar. Não deu tempo.
Um ano depois da carta abaixo, na noite de 13 de maio de 1984, Pedro Nava desce de seu apartamento no bairro Glória, senta-se num banco da praça... e parte, rápido e bruscamente ao som de um estampido.
Os poemas foram inspirados em meu pai. Tornaram-se de Pedro Nava como pós-inspiração, como homenagem, como réquiem que meu coração pronuncia.
O Morto e Armadura estão no meu livro Poesia Provisória, que será lançado no próximo dia 15, e serão lidos, respectivamente, por Shirlene Holanda e Ivonilo Praciano.
Lançamento: Livraria Lamarca, Fortaleza
15 de fevereiro de 2019, 19h
Em março, Brasília
abril, São Paulo
maio, Rio de Janeiro
Editora Radiadora, Fortaleza, Ceará
Coordenação Editorial: Alan Mendonça
Concepção de capa: Décio Braúna
Desenho da capa: Fausto Nilo
Prefácio: Carlos Emílio C. Lima
Textos da orelha: Suzana Vargas, Mona Gadelha, Ricardo Augusto, Rayanne Stec, Gildomar Marinho
Revisão: Nirton Venancio e Alan Mendonça
Impressão e acabamento: Expressão Gráfica, Fortaleza
Apresentação de poemas musicados: Mona Gadelha, Lucio Ricardo, Calé Alencar, Parahyba de Medeiros, Bernardo Neto
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