Agora que chorei todas as dores
desse e de outros amores
que rimei nosso caso com circo de horrores
e fiquei olhando sobre o mar
um tempo que se foi...
agora que alguns amigos viajaram
e alguns outros que ficaram, saíram...
agora quando me deparo com o espelho no corredor
pergunto sem esperar resposta:
quando continuo senão agora
que tenho o saldo de algumas horas
e restam algumas roupas no armário
e novos mapas traço no vão da sala?
Quando senão agora
quando me resta o descompasso desse tango solitário
estrada afora?
(do livro “Poesia provisória”)
(Os poemas aqui publicados estão registrados na Biblioteca Nacional. Podem ser reproduzidos desde que mencionados a fonte e o autor)
quarta-feira, 9 de novembro de 2005
solo
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2 comentários:
Meu caro Nilton, mais um belo exemplo de como tudo é provisório. Diante das coisas, seria muita ingenuidade supor que tudo dura para sempre.
..
hábraços
dizem que a hora é agora! eu gosto de sonhar os depois... beijo
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